Intel detalha como o modelo de banda larga pré-paga pode beneficiar o Brasil



Para a companhia, modelo é vital para garantir a universalização da banda larga no país. Modelo foi utilizado com sucesso em países como Índia, Indonésia


david
INTEL EDITOR’S DAY, Praia do Forte, 19 de novembro de 2011 – A Intel Brasil apresentou durante o Intel Editor’s Day, na Praia do Forte, uma defesa sobre a importância do modelo de banda larga pré-paga para aumentar a penetração de internet rápida no país. O modelo, que busca diminuir o custo total de propriedade de uma conexão banda larga para pessoas físicas, já foi utilizado com sucesso em países da Ásia e da África que apresentavam problemas similares aos do Brasil para a universalização do acesso à internet.
O modelo de conexão pré-paga – amplamente adotado no país para a telefonia celular, correspondendo a cerca de 80% das conexões – ainda não foi adotado pelas operadores de internet fixa, mesmo com uma história de sucesso em outros países. A adoção do modelo, combinada com o Plano Nacional de Banda Larga, poderia alavancar rapidamente a densidade de banda larga nas classes C e D.
“Já é sabido que o incremento da penetração de banda larga é proporcional a um aumento no PIB do país, segundo pesquisas do Banco Mundial” disse Fabio Tagnin, diretor de expansão de mercado da Intel Brasil. “Mesmo sendo o terceiro maior mercado mundial de PCs, um grande número de máquinas ainda não está conectada à internet. Temos que estabelecer um plano nacional, abrangente e que considere múltiplas soluções para diminuir o custo total de se ter uma conexão banda larga em casa.”


A classe C/D e a Internet
Pesquisas recentes da Intel mapearam o comportamento das classes C e D e sua relação com o PC. Nas regiões metropolitanas brasileiras, o acesso à Internet é praticamente universal – mesmo entre aqueles que não possuem computadores. Seja no trabalho, na casa dos amigos, ou em LAN Houses, o acesso à internet faz parte do dia-a-dia de 96% da classe C e 88% da classe D. Até mesmo nos lares em que não existe um computador, 93% dos brasileiros da classe C e D declaram acessar a internet regularmente, com 23% to total conectando-se diariamente.
As pesquisas também mostraram a grande sensibilidade desse segmento da população ao custo total de propriedade de uma conexão de banda larga. A expectativa de gasto mensal com internet é de R$ 30,00 a R$ 50,00 no mês. Segundo o UIT (União Internacional das Telecomunicações), o gasto com banda larga mensal per capita é de 4,58% no Brasil, contra 1,68% na Rússia e 0,5% nos países desenvolvidos. Os valores no Brasil são cinco vezes os do Japão; 2,7 vezes os da Rússia; e 2,5 os do México.
“Quando este consumidor busca um computador, ele está procurando na verdade uma ferramenta de acesso à internet. Ele tem muito claro o quanto ele tem condições de investir, tanto na aquisição do equipamento quanto no orçamento mensal,” concluiu Fabio Tagnin. “A solução é reduzir o custo total de propriedade, ao mesmo tempo em que ampliamos a capacidade do consumidor de controlar seus gastos.”


Banda larga pré-paga: modelo testado e aprovado
Já muito acostumada com o modelo de acesso pré-pago, por conta do telefone celular, essa parcela da sociedade avalia o modelo com bons olhos. “O conceito é familiar, o consumidor sabe que estará no controle do orçamento” explica Tagnin. “O que eles desejam é um modelo onde eles possam pagar por dia de acesso, muito similar ao que a maioria já faz com as LAN Houses. Com esse nível de controle do orçamento destinado à Internet, a conexão banda larga em casa torna-se uma realidade tangível muito rapidamente. É uma opção que complementaria o atual PNBL, dando maior liberdade para o consumidor.”
Países como Indonésia, Índia, Tailândia e Turquia apostaram em um modelo de banda larga pré-paga com excelentes resultados, não somente no aumento da penetração de internet, mas também na lucratividade das operadoras. Na Índia, onde o modelo foi adotado, as teles que aderiram à banda larga pré-paga registraram um aumento de 30% na receita. Experiências em outros países trouxeram resultados parecidos.
“É um modelo que traz benefícios tanto para a sociedade quanto para o mercado de Telecom”, concluiu Tagnin. “Incluir a classe C e D no mundo digital não precisa ser oneroso ao mercado, nem ao consumidor. Ideias inovadoras e modelos comprovados em países com problemas similares ao Brasil devem ser levados em conta pelo mercado para acelerar o processo de universalização de banda larga.”