Toshiba entra com processo de R$ 3,5 bilhões contra Western Digital

Toshiba entra com processo de R$ 3,5 bilhões contra Western Digital

Toshiba entra com processo de R$ 3,5 bilhões contra Western Digital
A empresa japonesa Toshiba entrou hoje com um processo contra a Western Digital, pedindo 120 bilhões de ienes (cerca de R$ 3,5 bilhões) por danos materiais. Segundo a Reuters, o motivo do processo seria que a Western Digital atrapalhou o processo de venda da divisão de chips de memória da Toshiba,
A Toshiba e a Western Digital (WD) estavam em parceria numa joint venture, mas se desentenderam quanto às intenções da Toshiba de vender sua divisão de chips de memória. A WD, que é contra a venda, alegou que detinha direitos de propriedade sobre algumas das tecnologias usadas nesses chips. A Toshiba, por sua vez, alegou que a WD obteve informações sobre essas tecnologias de maneira ilegal.

Vender a unidade seria uma medida importante para a Toshiba, segundo a Bloomberg: a empresa japonesa usaria o dinheiro gerado por essa venda para compensar um prejuízo imenso no seu setor de energia nuclear. Por outro lado, trata-se de uma unidade relativamente bem estabelecida, da qual a WD não quer abrir mão.

Briga feia

De acordo com a Forbes, a Toshiba havia prometido aos seus investidores que teria um acordo de venda pronto até hoje. A intervenção da WD, no entanto, teria inviabilizado o acordo, o que motivou o processo e fez com que as ações da Toshiba caíssem 1,8%.
No parecer da Toshiba, a WD não só está interferindo com uma venda importante para seus negócios como também está desejando algo que não pode ter. Isso porque, além de ter supostamente obtido ilegalmente as informações sobre sua divisão de chips de memória, a WD também não poderia ficar com essa divisão. Como a WD já é dona da SanDisk, ela ficaria com uma parcela grande demais do mercado de memória, e as autoridades antitruste do Japão veriam com maus olhos essa situação.

Para evitar que mais informações sobre seus chips de memória vazassem, a Toshiba também impôs um esquema de "segregação" na sua fábrica de Yokkaichi, no Japão. Segundo a Reuters, a empresa japonesa estava impedindo que funcionários da WD acessassem dados sobre a parceria das duas no local.