'Revolucionário', ônibus chinês que circulava sobre os carros era uma fraude

'Revolucionário', ônibus chinês que circulava sobre os carros era uma fraude

'Revolucionário', ônibus chinês que circulava sobre os carros era uma fraude
Há algum tempo, a notícia de um ônibus elevado na China ganhou o mundo. A ideia parecia interessante, talvez até mesmo revolucionária: um ônibus que circula sobre a via, permitindo que os carros passem por baixo dele, o que possibilita que ele não seja afetado pelo tráfego ao mesmo tempo em que colabora para desafogar o trânsito. A proposta foi vista ao mesmo tempo com otimismo e desconfiança; agora parece que o segundo grupo estava mais certo.

Com o passar dos meses, o Transit Elevated Bus (o nome do veículo, que chamaremos de agora em diante pela sigla TEB) se provou ser mais um problema do que uma solução. Quando a CNN visitou a cidade de Qinhuangdao para verificar a situação, ficou claro que o que deveria resolver o trânsito só o piorou. O TEB, instalado apenas para testes, só fez algumas viagens e se transformou em um obstáculo gigantesco nas ruas da cidade sob o qual os carros não passam.



Agora, vários meses após o TEB virar um transtorno, ele foi aposentado e colocado em uma garagem no final do mês de junho. No entanto, as autoridades chinesas acreditam que o caso seja muito mais do que um simples projeto fracassado; existe uma suspeita real de fraude, e as investigações foram abertas durante o final de semana.

Como informa o Financial Times, as suspeitas giram em torno de uma captação ilegal de recursos por meio do site Huaying Kailai; mais de 30 pessoas associadas à plataforma de investimentos já foram detidas. O departamento de polícia do distrito de Dongcheng também afirma que está trabalhando para recuperar o dinheiro dos investidores com a empresa e pediu que indivíduos que tenham colocado dinheiro no projeto procurem sua delegacia de polícia local.

Assim morre o projeto considerado revolucionário. A parte técnica nunca foi para frente, mas o que realmente decretou o seu fim foi o muitas vezes suspeito mercado de empréstimos “p2p” da China, que cresce de forma rápida e descontrolada, criando situações como a do TEB.